˙˙·٠•● eu sou a lenda ☠ eu (r)existo ●•٠·˙˙™ - UM POUCO MAIS!

2 de dezembro de 2007

Voce já vestiu seu personagem hoje?


Uma frenética necessidade de nunca crescer

Contos de fadas sempre fizeram parte do imaginário coletivo, mas nunca estiveram tão presente no dia a dia das pessoas. Enquanto algumas mulheres insistem no Complexo de Cinderela e os homens assimilam a Síndrome de Peter Pan, entre os gays surge uma noca vertente: A Sindrome de Hello Kit.

Pra começar: quem é Peter Pan? O personagem é um rapaz que se recusa a crescer e passa a vida tendo aventuras... A temática da história gira em torno do não crescimento de Peter, que quer ser criança para sempre, afim de evitar as responsabilidades da vida adulta. Não demorou para os psiquiatras batizarem um distúrbio como Síndrome de Peter Pan. O termo começou a ser adotado pelos especialistas para descrever um adulto que receia os comprometimentos e se recusa a agir conforme sua idade. Quem vive a realidade da síndrome, foge a qualquer adversidade, não tem capacidade de adaptação, não consegue se casar, e se conseguir, torna-se um péssimo pai ou mãe, chegando a abandonar os filhos, não aguentam transito, nem excesso de trabalho.

De acordo com o psicólogo americano Dan Kiley, autor do best seller "A Síndrome de Peter Pan e Dilema de Wendy", o problema surge quando a pessoa se recusa a crescer depois de um tempo e vive num mundo de conto de fadas, como se fosse uma eterna criança, fugindo de responsabilidades, querendo ser mais jovem do que realmente é e curtindo a vida, literalmente, numa boa."
A tal da síndrome realmente parece estar na moda, já que surge uma nova corrente que afirma que os gays já tem a sua. Só olharmos para o lado ou para os orkuts da vida e vemos tipinhos que agem esconendo se em torno de pseudônimos e agindo como adolescentes (sendo ou não), dedicam horas a academia, adiam o casamento, nunca param num emprego ou sequer trabalham e escondem a idade a sete chaves!", afirma a professora de ensino médio Eliana Nunes, que acredita que este mal acomete tanto a homens quanto a mulheres nos tempos de hoje.
Segundo a psicóloga Esther Villa existe uma grande falta de maturidade nessa turma que insiste em viver na Terra do Nunca.Cultuando ícones, transformando fantasias em realidade virtual, mesmo que nunca possa ser verdade.
"Estas pessoas são desequilibradas emocionalmente porque não aceitam aquilo que é real. Fingem ser reais e na verdade apenas omitem seus verdadeiros medos. Aqueles que sofrem da síndrome resistem para não se responsabilizar por atos e geralmente têm vínculos passageiros", afirma Esther. Mas será que este problema é predominantemente hetero? Para a psicóloga atinge na maioria, porém ela alerta para uma outra atitude comum entre os gays - "O problema dos gays está mais ligado à vaidade. Eles não querem envelhecer. Eles temem aparentar quem realmente são e ficam num culto ao corpo e beleza sem fim". E completa: "Podemos retardar um pouco o envelhecimento, mas não podemos fugir dele. É inevitável.
Esconder se num mundo fictício apenas deixa a pessoa mais vulnerável e sozinha. Quando ela se depara com outros que veem sua fragilidade, espurgam os do meio como um inimigo. A sindrome de Hello Kitt esta pra mostrar que gays e lésbicas embarcam num jogo perigoso, pois inibe a pessoa a um mundo de fantasia e sonho, que a impede de viver o real.
É comum encontrar aqueles que nunca conseguem um relacionamento estável, pois passado o tempo, seus personagens interagem na relação, causando conflitos sem fim. Parceiros e parceiras insatisfeitas batem asas. Resultado disso... novos personagens pra buscar novos e novas companias". Um círculo vicioso afirma a pesquisadora.
Se você não faz parte destas estatísticas, então atenção, porque o excesso de mimo com seu filho pode torná-lo um futuro Peter Pan. "Mães que superprotegem os filhos, mimam e os enchem de cuidados não os deixando ter preocupações e problemas estão criando sim futuras vítimas da síndrome de Peter Pan, conclui Esther.
Cuidado.

1 de dezembro de 2007

H.G.Wells



Herbert George Wells

(1866 - 1942)


Escritor Ingles mais conhecido como HG Wells é considerado o pai da ficção moderna. Suas óbras tratam de assuntos atualíssimos mesmo sendo um autor do inicio do século 20.Wells abordou temas incompreensíveis pra sua época como viagem no tempo, clonagem e corrrida espacial. Das óbras de H.G. Wells, as mais notáveis e certamente best sellers são:
A Máquina do Tempo (1895), A Ilha do Doutor Moreau (1896) e O Homem Invisível (1897) – notem, livros lançados com intervalo de um ano cada e ainda assim prodígios de imaginação e qualidade.Guerra dos Mundos, considerada por muitos sua obra máxima, é de 1898, e há uns dois ou três anos foi adaptada para o cinema por Steven Spielberg com Tom Cruise no elenco. Foi esse mesmo texto que, dramatizado pelo rádio por Orson Welles (não são parentes) para uma transmissão pela Rádio Mercury Theatre em 1938, provocou pânico em alguns desavisados moscões que ouviram a transmissão pela metade, sem o aviso inicial de que se tratava de uma encenação, e pensaram que a Terra estava realmente sendo invadida. Ah, sim, uma última curiosidade legada ao cinema: H.G. Wells foi vivido por Malcolm McDowell em um filme dos anos 1970 chamado Um Século em 43 Minutos, que usava o tema da Máquina do Tempo para transportar o próprio escritor ao tempo presente (o ano de 1979) para caçar um amigo que se revelara Jack, o Estripador. Destas óbras, todas tornaram se clássicos de Hollywood.
Das que mais gosto... bem..TODAS... mas vou trancrever as que acho mais fantásticas e atuais...Vamos lá...

A Ilha do Doutor Moreau - por H. G. Wells

uma crítica de Alexandre Beluco

publicada em 10.05.2002
republicada em 24.10.2003

A Ilha do Doutor Moreau foi escrita em 1896 por H.G. Wells, que é apontado como um dos pais da moderna ficção científica. A história é de uma atualidade atroz, na medida em que hoje em dia temas como clonagem ou manipulação genética circulam diariamente em jornais de todo o mundo. Entretanto, talvez o cerne da estória não esteja em questões tecnológicas, mas no próprio ser humano. A estória é contada por Edward Prendick que, depois de se ver náufrago, é resgatado por um passageiro renegado em um barco estranho. Esse passageiro, Montgomery, tem um amigo que não parece humano e traz uma carga bastante numerosa de animais. E Prendick se vê forçado a desembarcar quando Montgomery chega em seu objetivo, uma ilha perdida no oceano Pacífico.Na ilha, Prendick conhece o doutor Moreau, para quem Montgomery trabalha. Eles se isolaram do mundo para desenvolver um trabalho científico bastante duvidoso... recriar a forma humana a partir da remodelagem física de animais, um processo de vivissecção, e a partir da dor provocada trazer à tona a humanidade que fosse possível extrair dessas criaturas.Desse modo, desfilam pela ilha criaturas as mais diversas, como homens-porcos, homens-hienas, homens-cães e assim por diante. Alguns mostraram-se mais dóceis e, naturalmente, acompanham o mestre. Outros, foram deixados à sua própria sorte e vivem pela ilha em pequenos grupos, segundo uma lei ditada pelo próprio Moreau e na qual ele deve ser idolatrado como uma deidade.É claro que Prendick sentiu-se ameaçado, como também é claro que sua chegada provocou o início de uma rebelião entre os habitantes da ilha. Mas a catástrofe maior talvez tenha surgido pelo desejo de Moreau de se superar... Quando conseguiu fugir da ilha, Prendick não associou as experiências que viveu aos resultados dos experimentos de Moreau, mas aos potenciais negativos da humanidade. Tornou-se recluso e amante da ciência. Parece não ter deixado descendência.A estória mostra aspectos interessantes da natureza humana. De um lado, Moreau, que se isolou do mundo para dar vazão ao seu potencial criador e investigativo. E o fez com um ímpeto invejável. De outro lado, as suas criaturas, que mantêm suas características inatas pela doutrina rígida que devem seguir e que foi imposta por Moreau. Entre ambos, Montgomery e Prendick, um que largou tudo porque certamente se apaixonou pelas idéias que o intelecto de Moreau poderia tornar possíveis e o outro uma testemunha indesejável, esforçando-se por sobreviver.Em um primeiro momento a estória parece querer alertar para os possíveis problemas surgidos com a má condução de experimentos científicos. Mas a ênfase está centrada demais nas criaturas e em seu comportamento, parecendo querer mostrar como o homem pode ser mau e como é necessário uma mão firme para controlá-lo. Essa pode ser a causa da pequena repercussão dessa estória em comparação com outras da obra de Wells (como O Homem Invisível ou A Máquina do Tempo).No Brasil, são raras as versões integrais desta estória. Entretanto é comum versões recontadas fazerem parte de coleções para o público adolescente, como é o caso desta versão publicada pela Ediouro. Mas nenhuma edição parece dar respeito à estória sobre as loucuras de Moreau. Há alguns anos, quase como que em lembrança pelos seus cem anos, uma versão cinematográfica contou com a presença de Marlon Brando no papel de Doutor Moreau e incluía um romance entre Prendick e uma das criaturas da ilha.Mas tanto as versões recontadas quanto a versão cinematográfica parecem sofrer um esquecimento crônico. Como se essa história não merecesse ser lembrada. Talvez por lidar com imagens fortes, de homens-animais... ou talvez por trazer à tona questões realmente importantes, que exigem coragem e clareza de pensamento para serem abordadas. Enfim, a literatura mundial parece aguardar um desfecho para a estória das criaturas deixadas por Moreau em uma ilha do oceano Pacífico... será que elas, deixadas para viverem por si, retornaram mesmo à sua forma original? Será que elas não evoluíram para outra forma? Não haveria estrutura social que elas poderiam assumir e que fosse uma estrutura híbrida, intermediária entre as sociedades humanas e animais? Ou talvez aguarde uma nova versão, agora com um final feliz.

Nossos mundos em guerra - A Gerra dos mundos - por H.G.Wells

Durante toda a noite, os marcianos martelaram e trabalharam, alertas, infatigáveis, preparando suas máquinas. De quando em quando uma nuvem de fumaça branco-esverdeada subia em direção ao céu estrelado.Por volta das onze um destacamento de soldados chegou de Horsell e formou um cordão em torno do campo. Mais tarde, um segundo destacamento cruzou Chobham e se postou no lado norte do terreno. Vários oficiais do quartel de Inkerman já haviam patrulhado o campo horas antes, e um deles, o major Eden, estava desaparecido. O coronel do regimento foi à ponte de Chobham e interrogou a multidão à meia-noite. As autoridades militares certamente compreenderam a seriedade do que se passava. Por volta das onze, segundo relataram os jornais da manhã seguinte, um esquadrão de hussardos, duas Maxims e cerca de quatrocentos homens do regimento de Cardigan partiram de Aldershot. Segundos depois da meia-noite a multidão na estrada de Chertsey, em Woking, viu uma estrela descer do céu e cair na floresta de pinheiros a noroeste. Tinha uma cor esverdeada e causou um clarão silencioso semelhante a um relâmpago de verão. Era o segundo cilindro...

O trecho acima é do magistral Guerra dos Mundos, ficção científica escrita no século 19 (embora o estilo elegante e ao mesmo tempo delicioso do texto não denuncie nenhuma sensação de prosa datada)