˙˙·٠•● eu sou a lenda ☠ eu (r)existo ●•٠·˙˙™ - UM POUCO MAIS!

19 de setembro de 2007

Meu anjo; meu amor; meu riso; meu Corinthians; meus amigos...

Nos limites do fim...

fim sm. 1. Conclusão, final. 2. Extremo,limite.3. A última parte ou fase de algo; final. 4.Causa. 5. Alvo, mira. 6. Morte, óbito.

Este mes de setembro vem sendo bem curioso pra mim. Estou no limite de completar 40 anos; alias de hoje seis dias... Bem...
Digo curioso por notar que uma palavra salta meu cotidiano e assim resolvi reunir alguns motivos para pensar um pouco mais.
O fim...
Uma palavra simples de grafia mas carregada de simbolismos e dramas.
O fim e tudo aquilo que ele traz. A complexidade.



A noite GLS Paulistana perdeu um de seus icones. Simplesmente Nenê. Sua morte de deu em 31 de julho, mas somente agora eu soube.Lembro bem das noitadas na extinta boate Sky, no centrão, lá nos longinquos anos 80. Ali conheci o trabalho dele e muitas risadas se seguiram.Acho que a cena gay esta perdendo uma fase de risos. Já se foi nesse ano a Pandora Boat, outro ícone e o riso esta cada vez menor.
Caio em algumas facetas do fim... Morte;óbito; causa; fase de algo...

> não coloco foto do Sr Renan Calheiros por considerar indigno deste espaço.
A perplexidade salta os olhos e ouvidos atentos à realidade e aponta ao desfecho do caso Renan Calheiros no Senado Federal.
Perda do riso solto na noite gls e escandalos politicos em Brasília podem se misturar?
Nesse Setembro estranho sim.
A falta de vergonha ,de um julgamento descente ao caso. O desrespeito ao país, elevando o decrédito aos políticos me faz novamente enxergar similaridades.
O fim... Conclusão; final; extremo; limite.
Nesse caso do Sr Renan, nada de riso solto, nada de saudade nem final de uma fase, mas sim o escárnio puro, o limite da falta de ética,o meio do final da descencia.


Meu Corinthians. Nosso Corinthians. O Time de maior torcida do país segundo o DataFolha (18/set2007).
O que isso tem haver com os dois exemplos acima? Adivinhe...
Foram quatorze anos de roubalheira, desvios, desrespeitos, enganações. Ai o Timão, das páginas de esporte vai para os quadros policiais.
Presidente afastado; parceria que lavava dinheiro sujo do exterior, mafia Russa, time fraco beirando a 2ª divisão... Ufa!
É o fim da picada. O fim?
Eu espero que não. Todos os dias aparecem novas evidências que mancham a camisa branca do Corinthians. Triste.
Pois é e eu tenho que repetir... Fim: Limite; a última parte; alvo; causa; mira...

foto: Paulo Franco


Ganhei do meu irmão postiço Felipe, um texto lindo, que já publiquei aqui.Nele ele retratava o suposto fim de "As Quratro Estações".
Um desabafo de carência e apego a amisade.
Eu achei suas palavras lindas mas ao mesmo tempo muito tristes. Pensei se estava eu perdendo os amigos.
Tive a certeza que não.
O grito do Felipe é tão somente uma lembrança daquilo que maior podemos ter. Amor!

Este meu Setembro, meu aniverssário...
Venho perdendo o riso,a credulidade, a paixão fiel,os sonhos...
Versões do fim?


[A foto que existia aqui foi censurada por motivos políticos...]


Deixei meu amor. Deixei quem amo.
Deixei por não poder continuar com dúvidas.
Deixei quem esperva estar comigo além dos 50.
Deixei quem me fazia em partes feliz.
Deixei de sorrir. Deixei de crer.
Deixei por não ter respostas claras.
Deixei meu amor. Deixei coisas lá.
Deixei partes de mim.
Deixei quem escolhi pra casar.
Deixei quem esperei tanto pra chegar.
Deixei um pouco de mim.
E o fim?
Fim: Fase de algo.
Do amor?
Não.
Tenho fé que não.
Tenho certeza.

Paulo Franco 19set2007

Texto: Paulo Franco/ Minidicionário Aurelio da lingua portuguesa 1º edição.

Fotos: Simplesmente Nenê - net / Corinthians/Felipe Manuel/- Paulo Franco

18 de setembro de 2007

sem título

foto montagem: Paulo Franco


Um momento de egoísmo

Um momento de egoísmo, uma carência profunda, um pedido de perdão disfarçado de protesto em defesa da natureza.
A natureza é perfeita, afinal tudo o que é criado por Deus é perfeito.
Posso citar como exemplo as quatro estações do ano. Cada uma com seu modo, mas todas em sua órdem e ligadas por um equilíbrio perfeito, completando-se e enchendo o ano todo de vida.
Então porque sentimentos e ações diversas dos "homens" influem tanto nesse equilíbrio natural?
Talvez para "eles" seja de suma importâcia tais fatos, mas e para as estações?
Será que os "homens" não se importam com seus sentimentos?
Sei lá... Vejo o tempo passar e constato o que "os outros" fizeram com as quatro estações...
Primeiro com a mais alegre e colorida delas, a Primavera.
O preconceito "deles", junto com sua forma agressíva e sua visão fechada, desbotaram suas cores. Cortaram suas flores, calaram sua alegria e fizeram com que ela partisse pra longe em busca de um lugar onde ainda houvesse algum equilíbrio.
Se foi, ficando apenas em nossa memória e coração.
Segundo foi o Verão, o mais intenso, o mais quente.
A ganância, o desejo de explorar e a fome incansável que "eles" tem, foram implacáveis.Conseguiram sufocar o grande sol, sugaram sua luz e escravizaram seu calor, assim enlouquecendo sua mente e afastando seu espírito de tudo lhe dava alegria.
O inverno... Até mesmo o inverno, que pensei ser o mais forte,foi vencido. O mais sábio, o mais elegante e talvez o mais conhecedor da vida... O frio soturno não resistiu.
Os "desalmados", com suas mentiras, suas seduções maléficas, suas loucuras e ódios, dominaram a grande força. Arrancaram a sabedoria, calaram a voz da experiência e privaram o resto do ano de descansar seguros em seus braços, em seu sorriso de mestre e guardião.
Mas esperem... E o outono?
O vento que balançava os cabelos, o olhar triste e doce, o mais acolhedor... Foi simples...
Depois de terem usado seu vento, se deliciado de seu olhar, simplesmente se esqueceram do outono... O baniram ao esquecimento.
Sabiam que ele não tinha tanta força pra reagir. Sabiam que sem o resto do ano, nada mais seria que uma folha seca e acinzentada...
Este foi o fim do equilíbrio natural, meu coração se destrói só de lembrar de como os anos foram maravilhosos até então...
Eu escrevo este texto chorando e pedindo perdão às quatro estações por ter falhado em protege-las.
Talvez tenha enchergado tudo de forma equivocada.
Entendam por "homens", "monstros desalmados" e "outros", todos os fatos, situações e principalmente os humanos, encarnados e desencarnados, que de alguma forma contribuíram pra o fim.
Espero que todas as estações possam ler a história do fim e perdoem os erros deste escritor.
Obrigado e jamais esqueçam de como os anos foram lindos.

Assinado... O que restou de uma parte do ano que passou...

Felipe M. - O outono.
2007

"Eu resolvi publicar este desabafo não por simplesmente estar envolvido.
Pois isso seria muito simples, muito singelo.
Concordo em partes como os sentimentos do meu meio irmão...
Onde descordo?
No fim...
Jamais poderia acreditar no fim. Eu seria louco de deixar isso acontecer.
Assim, publico pra querer de coração tornar isso vivo.
Esta vivo!
É eterno!"

Paulo Franco - O inverno
set2007

14 de setembro de 2007

Universo paralelo...

Invadindo o universo Drag.

Quatro entre as mais famosas drag queens ensinam aqui a seduzir, conquistar e manter um homem. Fazem mais: alegando também conhecer profundamente as mulheres, suas inspiradoras, revelam segredos para que elas e até eles, se tornem mais provocantes.
Lascivas, irônicas, charmosas e muito exageradas, elas reivindicam para si o conhecimento supremo sobre os homens, sob o argumento de que os entendem mais e melhor do que as mulheres. Nem poderia ser diferente, as drag queens falam com conhecimento de causa: são homens de fato – homossexuais, na maioria dos casos – que se vestem de mulher sem deixar escapar nenhum detalhe. Bem, de mulher, não. De divas, como as grandes atrizes de Hollywood das décadas de 40 e 50. Elas se assumem como o "verdadeiro terceiro sexo", unindo em um só corpo as formas da mulher com um toque de homem e a cabeça de homem com perspicácia de mulher. As drags exploram cada milímetro do universo feminino, tudo em excesso. Ao se vestirem, abusam das plumas e paetês, enfrentam uma overdose de maquiagem e acolhem truques de estilistas habilidosos. Montadas as personagens, saem por aí com personalidades intrigantes e de raro bom humor. Faz parte da metamorfose, ainda, virarem mulheres sem nenhuma preocupação com trabalho, casa, parceiro e filhos – só a sensualidade fica à flor da pele. Por conhecerem intimamente a alma masculina e se esforçarem em ampliar as qualidades femininas, as drags são donas de um poder de sedução para lá de único. É essa fórmula que podem transmitir às mulheres. Tudo, como dizem, em nome do resgate do glamour perdido na relação entre as pessoas.

As divas falam...
Nany People



Charme é a palavra que faz diferença, na opinião da drag queen Nany People – o primeiro nome é homenagem a modelo Nanni Venâncio, de quem é admiradora; o segundo, explica, é "porque sempre fui considerada muito 'gente' pelas colegas de trabalho”.Para a drag, tanto os homens quanto às mulheres precisariam recuperar a gentileza no relacionamento. "Se por um lado as mulheres esqueceram como usar um bom sapato de salto alto, por outro, os homens já não sabem mais abrir a porta do carro para uma mulher entrar", diz. "Quando se chega a este ponto é porque a situação é séria" Nany People, 41 anos, formou-se em técnica em química, mas hoje diz que o mais próximo que chega da profissão é na "parte orgânica da matéria". A drag exerce todo o seu poder de sedução quando faz shows em casas noturnas e é aí que percebe o quanto alguns homens sonham tocá-la. "São eles os que mais me assediam, que sentem a necessidade de me pegar, muito mais até do que os próprios gays", diz. "Acho que isso acontece porque nós, drags, estamos sempre impecavelmente montadas. Somos mais femininas do que as próprias mulheres". Por outro lado, a drag afirma que não há mais espaço para cantadas que seguem aquele velho estilo de conversa fiada, do tipo "você vem sempre aqui?" Ou "bonitas pernas". "Isso virou sinônimo de descaso", reclama. "Afinal, estamos rompendo a barreira do preconceito e nos tornando definitivamente o terceiro sexo. Somos o supra-sumo da feminilidade. Uma drag é o que há de melhor na mulher, elevado ao cubo”.Ela cita o caso que mantém há alguns anos com um corretor da Bolsa de Valores de São Paulo. O relacionamento começou com um namorico, ficou tórrido e chegou a ponto de o rapaz largar a mulher por sua causa. "A mãe dele ligava para mim, querendo saber o que se passava entre nós", conta. "O mais curioso é que ela nunca descobriu que eu sou uma drag, achava que eu sou mulher”.A longevidade do romance, na opinião de Nany, deve-se ao fato de a primeira relação sexual ter se concretizado somente um ano e meio depois de terem se conhecido. "Claro que antes de transarmos pela primeira vez rolava a maior pegação. Mas é a velha história: se eu fosse mulher, ele transaria comigo na primeira noite e logo depois iria embora, como a maioria dos homens faz com as mulheres”, explica. "O Dom da entrega total é da mulher, o homem, não, só o faz em partes. E o mesmo homem tem diferentes tipos de sentimento e, por isso, é capaz de dizer eu te amo para várias. É capaz de sair dos lençóis de uma mulher e entrar no da outra, falando eu te amo para as duas. O problema das mulheres é que elas sentem muita culpa em seus relacionamentos." Aqui, Nany assume uma postura masculina: "Nós somos mais objetivas. Não adianta insistir em um relacionamento se a gente vê que não tem futuro." Hoje, o corretor e a drag se encontram esporadicamente. A relação foi acabando porque cada um tinha o seu próprio objetivo. "Eu quero sucesso, trabalhar muito nos fins de semana; ele quer ficar na piscina. Naturalmente, cada um foi para o seu lado – e nem poderia ser diferente." Para Nany People, as mulheres erram na conquista e na relação porque subestimam a capacidade de raciocínio do homem. "É muita ingenuidade imaginar que com o poder da vulva conseguirão segurar o seu homem. Estas mesmas mulheres pensam, ainda, que filho é lacre do casamento. Filho não lacra nada", diz. Um dos segredos da conquista é lembrar que os homens gostam de desafio, de competição. "Desde pequenos, quando ainda são meninos, fazem campeonatos de todos os tipos para saber quem é o melhor, de torneios de cuspe a masturbação em grupo. Enquanto isso, as mulheres agem como água, enquadram-se, cedem." A mulher acerta, segundo ela, quando usa a sua fragilidade instintivamente; quando faz jogo duro com o homem, mas o agrada sem exagerar – por exemplo, quando lembra datas importantes para ele. O perfil ideal de mulher é aquele em que ser independente e bem informada é fundamental. "Nós, drags, ouvimos os homens reclamando que têm em casa mulheres que pedem dinheiro para comprar absorvente; eles odeiam isso", diz. "Querem aquela que trabalha, mas, é claro, que não ganhe mais do que ele."
Dicas de alcova
"Os homens, quando o assunto é cama, pensam da seguinte forma: 'Santa é a minha mãe, minha irmã'. O que eles querem das outras mulheres é fazer tudo. Por isso a mulher tem que ter coragem de admitir para ele do que gosta, porque ele é assim. Na cama, o homem faz tudo o que quer. As mulheres precisam ser sinceras, claras. Se gosta de sexo oral, faça; se gosta de tapinhas, peça; se gosta que fale durante a relação, fale. E não me venham com aquela desculpa que as mulheres adoram dar: 'Se eu fizer tudo ele vai achar que sou vagabunda'. É preciso sempre inovar, surpreender o parceiro."




Verônica



Drag Verônica definia seu estilo como "sadomasoquista na linha soft pornô". Traduzindo: adorava Madonna, de quem foi cover logo no início de carreira, há quatorze anos em São José dos Campos. Quando se produzia para sair, Verônica era caprichosa e não dispensva artifícios para temperar a conquista – costumava recorrer a luvas pretas e botas de salto fino. Sua atitude era a de quem acha que todo dia é dia de seduzir e de quem sabia que os fãs estavam por aí, sempre atentos. Os "fãs" costumam ser gays, homens, simpatizantes e entendidas [lésbicas], freqüentadores dos shows nas boates da zona sul de São Paulo onde a drag se apresentava. A personagem interpretada por Aílton Leite absorveu detalhes visuais dos anos 70 e das musas do cinema até chegar ao que foi.- "Já não nos preocupamos mais em mudar o nosso corpo, implantando silicone, como se fazia no passado", dizia.- "Somos homens e gostamos do que somos. E mais importante: quem nos vê, também gosta do que somos." Verônica não tinha certeza se as mulheres, hoje, sabem o que são e se gostam do que enxergam em si mesmas. Passa por aí, pela auto-estima meio fragilizada e pela confusão do papel feminino na sociedade, a crítica que a drag faz ao comportamento das mulheres em seus relacionamentos. --"Há poucas 'mulheres-veadas' no mundo, aquele tipo de fêmea que reúne, em uma única personalidade, inteligência, charme e poder, a exemplo de Madonna e Brigitte Bardot", disse.- "Hoje as mulheres dão destaque somente ao seu lado profissional, esquecem de assumir uma atitude mais forte em todos os sentidos. É compreensível, já que elas têm que lutar lado a lado com os homens no mercado de trabalho – e as mulheres são sempre melhores e mais competentes que eles. E, aí, são obrigadas a se fazer de pedra bruta. Não percebem que, o que conta, na verdade, é o polimento dado pelo algo mais que a mulher tem e que pode transformá-la em cristal." Verônica dizia que os homens estavam sempre procurando nas drags os principais atributos da mulher. "A nossa característica mais forte é o aspecto feminino de não assediar acintosamente os homens, mas sim de forma sutil e delicada", afirmava ela. "Por outro lado, dependendo do momento, liberamos o que a mulher costuma travar." O jeito de seduzir depende do estado de espírito, reforçava ela, assim como a reação à sedução. A drag citava sempre dois tipos de cantadas que levou de homens que se encantaram com ela: uma grosseira e uma bacana. A primeira foi dada por um policial rodoviário, que a havia flagrado em alta velocidade. "Estava atrasada para um show e, por isso, usei todo o meu charme para tentar me livrar rapidamente da fiscalização", lembra. "Só que exagerei no charme: o guarda gostou demais do meu tipo, pediu para que eu saísse do carro, dizendo que me livraria da multa se eu fosse 'boazinha' com ele. Preferi a multa." Em uma segunda ocasião, foi cantada por uma personalidade cujo nome não quer revelar. O famoso começou com um elogio ("Que coisa maravilhosa!"), passou para uma cantada ("Se você está linda aqui fico imaginando o que poderia fazer entre quatro paredes") e a história foi acabar no quarto. Qual a diferença entre a primeira e a segunda cantada? "No meu caso, especificamente, depende do meu estado de espírito na ocasião", dizia. "Às vezes quero ser mais careta, controlada; em outros casos quero liberar tudo sem limites." As regras não valem, obviamente, quando o assunto é relacionamento. Nesse caso, a coisa muda de figura. A própria Verônica admite que drags são pessoas mais complicadas afetivamente do que os homens e mulheres. "Somos problema na certa", afirma. "As pessoas que se envolvem conosco mal sabem o enrosco em que estão se metendo".

Dicas de alcova

"Em sexo, é preciso procurar, buscar novas situações. Conheço mulheres que se negam a assistir a um filme pornográfico quando estão com o companheiro, argumentando que têm nojo do que vêem. Isso é uma bobagem, porque o parceiro gosta -então acho que elas têm que ir na dele. A mesma coisa deve ser feita quando o interesse é da mulher. Se durante a relação o homem está prestes a gozar, a mulher deve revelar o seu desejo mais íntimo. Se quiser ficar de quatro na hora do orgasmo, seja objetiva e diga: 'Não goze ainda, quero ficar de quatro'. Para que essas coisas aconteçam, porém, é preciso que a mulher dê o espaço necessário."


Verônica deu este depoimento em 1998, ainda no auge da carreira. A Drag foi assassinada em Jacareí, sua cidade natal em fevereiro de 2007.

Dimmy Keer



É no banheiro das casas noturnas – "o grande templo da noite" – que a drag Dimmy Keer e suas amigas dão conselhos para as moças que querem conquistar alguém e não sabem como. "A primeira coisa que eu sempre sugiro é para as mulheres pararem de reclamar", alfineta ela, uma das drags mais conhecidas de São Paulo. "Nesse sentido, elas são piores do que os gays. Estão sempre choramingando pelo que o homem não fez." A grande dica que Dimmy Keer dá, independentemente de quem estiver sendo seduzido, é o recurso do bom humor, caso o charminho não comova o par. "É fundamental que toda cantada seja sutil, elegante, com muito jeito", explica. "Mas, se não der certo, não há nada melhor do que uma boa risada: faça o caso virar piada e divirta-se muito com a história. Uma dica extra: não seja despeitada, nem invejosa. As mulheres costumam errar por excesso de afobação. Quando sentir isso, relaxe, deixe fluir. Aproveite para retocar o batom e para soltar os cabelos." Ela fala de cadeira – e garante que dá certo. Tanto é que em sua lista de fãs estão adolescentes, homens feitos, gays e até entendidas. "O mais incrível é que somos consideradas mulheres maravilhosas e também homens lindos. Acho que faz parte da personagem", afirma Dimmy Keer, 40 anos, que trabalha como maquiador em programas e comerciais de televisão. O maior problema a ser administrado, segundo a drag, é o do homem que se diz heterossexual, sempre apressadinho para "realizar" [transar, no idioma entendido]. "Na verdade, ele é bissexual, mas na frente dos amigos não admite. Quando o vemos socialmente, sua atitude é muito engraçada: nos viram as costas e nem querem saber de conversa", conta. "É por isso que a minha opção é sempre por gays, porque sou homossexual. Homens não me interessam apesar de, freqüentemente, eles estarem interessados em mim. E mesmo tendo ficado com entendidas, não é o meu negócio."

Dicas de alcova

"A maioria das mulheres que conheço reclama que o homem sempre exige passividade na cama. Isso acontece porque elas deixam. É preciso ser mais dominadora, quem sabe usar como recurso uma personagem. É preciso 'baixar' uma personagem na linha Madonna, ou mesmo uma puta, quem sabe até uma louca. Só isso fará com que aquela imagem de dona de casa, da mulher meiga que lava as roupas e cozinha para ele, acabe se transformando em uma mulher misteriosa e maravilhosa na cama. Só sexo segura o casamento."

Salete Campari
Paraibana, a drag Salete Campari, 38 anos, é um dos casos mais curiosos entre as colegas: está casada há 11 anos com o mesmo homem, um policial. A drag diz levar para a relação do casal o que considera dois grandes atributos femininos, a determinação e a coragem. "Sou a menina dele. Me esforço para ser uma mulher de verdade", conta. Faz tudo isso sem deixar de lado o ritual de todos os domingos: partidas de futebol com os amigos. "Não sou aquela bichinha afetada que usa silicone", dispara. Salete diz ser alvo freqüente de cantadas de homens, embora algumas mulheres já tenham se aventurado também. "Os homens são os casos mais interessantes", diz. "Imaginam que, por sermos drags, será mais fácil uma cantada vingar, a maioria vem com essa coisa de beijinho e de pegação, como se fôssemos deles. Eu, pessoalmente, não gosto dessas atitudes." Sua relação com as mulheres é de conselheira. É a ela que as amigas recorrem quando precisam de orientação: "Acho que as mulheres, hoje, dominam tudo que há no mundo, atuando com determinação seja na área profissional, seja na sentimental", afirma. "É muita coisa para quem é mais fraca e sensível, apesar de mais inteligente." Na relação com os homens, costumam reclamar que eles querem tudo rápido e querem aproveitar delas. "Bobagem, pois são as mulheres que acabam se aproveitando mais dos homens. Veja o exemplo dessas patricinhas que vão a lugares badalados. Elas só querem se dar bem, sem qualquer relacionamento mais sério. E, depois, ainda por cima, reclamam que os homens querem se aproveitar delas." Ela ilustra como exemplo de assédio bem feito e inteligente o do dia em que conheceu o parceiro. "Eu trabalhava em um supermercado e tinha tomado o metrô para voltar para casa. Quando desci na estação, nossos olhares se cruzaram", conta Salete, emocionada. "Ficamos nos encarando longamente até que ele deu 'boa noite', educadamente e começamos a conversar. Em nenhum momento ele foi grosseiro ou impertinente." Salete diz que o caso é exemplar pois o namoro aconteceu depois de ter sido feito um reconhecimento de terreno, com muita cautela e delicadeza. "Não é à toa que fomos nos tocar somente depois de seis meses de namoro", diz. Hoje, a relação continua vigorosa, mesmo passados 11 anos, porque é baseada em carinho e admiração mútua. A drag, que está sempre devidamente 'montada' (tanto faz se o evento é uma corrida de São Silvestre ou um comício do PT), iniciou a carreira aos 17 anos. Formou-se desenhista e depois cursou matemática. Suas apresentações em boates de São Paulo, interior de Minas Gerais e Rio de Janeiro são um dos únicos pontos de atrito na relação com o companheiro: ele não gosta dos shows de drags e muito menos de ver o parceiro em ação. Mas suporta. "Se dependesse dele, eu ficaria cuidando da nossa casa e nunca mais faria minhas apresentações", afirma. "Mas isso é impossível, os shows são a minha vida. Quando saio na rua, maravilhosa, preparada para uma noitada, vibro com as pessoas que vão gritando o meu nome pela rua. Isso é sedução." Dicas de alcova"Não sou de inventar quando se trata de sexo, sou casada há 11 anos e penso que em time que está ganhando não se mexe. Acho que os homens também ficam bem assustados quando encontram mulheres mais ousadas, mesmo que maravilhosas. Acho que a mulher deve ser recatada para não ser confundida com qualquer uma e nem para ser mais uma. Quando o assunto é casamento, os homens não querem saber de 'galinhas'. Nas relações mais sérias eles procuram as colegas do tempo da escola, as vizinhas, as moças das festinhas da igreja, que farão na cama apenas o arroz com feijão."
Como uma drag se produz
Drag não se veste, drag se monta, isso todo gay sabe. Mas o verbo é usado para definir a transformação se sexo – de homem em diva – e a preparação estética que chega a levar duas horas e inclui perucas de primeira linha, lingeries sensuais, quilos de maquiagem das melhores marcas e modelitos provocantes, feitos sob medida por bons estilistas. "É preciso muito papel de bala, muita argamassa, para montar um drag", afirma Nany People, referindo-se à preparação que ocultará o seu corpo original, mas deixará exposta a sua personalidade. "Há meses em que chego a gastar R$ 800 só em maquiagem, já que usamos praticamente tudo importado, do sabonete ao batom." Sapatos com salto plataforma são um toque insubstituível para as drags. Elas podem pagar até R$ 300 por um par de plataformas que as deixam a 20 centímetros do nível do chão. "Encomendo, quase todo mês, um modelo exclusivo para mim", diz Salete Campari, que calça 39. "Além de elegantíssimos, esses sapatos são a nossa marca". Nany People diz que a boa drag deve ter ao seu redor um time de primeira de estilistas. "Eles são a garantia de que ficaremos impecáveis, melhores até que uma mulher", afirma a drag, que possui na sua assessoria pessoal um estilista, um bordador e uma cabeleireira especialista em perucas. Um dos pontos que mais desperta a curiosidade dos leigos é saber como as drag queens escondem o pênis sem machucá-lo. "Este é o segredo do nosso negócio, não é possível sair falando dele por aí", diz Dimmy Keer. "Só revelo que para sumir com a nossa 'diferença' a gente só não usa vaporetto."
Como agarrar um homem

Manual básico de conquista (segundo as drags), tanto para mulheres ou gays:

1. Seja sempre sincera(o)
2. Seja vaidosa(o): vista-se de forma charmosa e atraente
3. Tenha o seu próprio dinheiro. Homens gostam de parcerias independentes
4. Se um homem causar interesse, demonstre, de forma sutil e delicada, que gostou dele
5. Não aceite cantadas grosseiras, sinal de falta de respeito com você
6. Bom humor é fundamental, sempre
7. Não se entregue totalmente. Sempre deixe o homem com vontade de ficar um pouco mais com você
8. Não reclame do comportamento masculino. Tente entendê-los e será entendida. Se você for homem... já sabe bem como é.
9. Não subestime a inteligência do sujeito, mesmo que você seja mais inteligente do que ele... Isso é fundamental!

Revista Mary Clair escrita por João Wady Cury 1998 mas atualíssima....
Editado por Paulo Franco - 2007.
Fotos: retiradas da net

12 de setembro de 2007

Frases... chamadas de atenção e longas explicações...

12set2007 > Um dia de muitas frases...



1) "Não torne prioridade quem te tem como opção..."
> de Felipe Manuel

2) "Os amigos vibram juntos"
> de Marluce

3) "O que vamos dizer na policia federal? Continuar com as mentiradas?"
> de Alberto Dualib - presidente afastado do Corinthians

4) "Um dia percebemos que as pessoas tem extinto caçador..."
> de um desconhecido...


"Uma longa explicação"

Um dia descobrimos que beijar uma outra pessoa para esquecer outra é bobagem... Você não só não esquece a outra, como pensa nela mais ainda.
Um dia nós percebemos que as pessoas tem extinto caçador e fazem qualquer outra sofrer.
Um dia descobrimos que se apaixonar é inevitável e que as melhores provas de amor são as mais simples.
Um dia percebemos que o comum não nos atrai e acabamos sabendo que sermos classificados de "bonzinhos" não é bom.
Um dia percebemos que a pessoa que menos liga, é a que mais pensa em você e certamente saberemos a importância da frase: -"Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas".
Um dia percebemos que para o homem provar que é homem, não precisa ter mil mulheres ou homens, basta fazer um ou outro feliz.
Um dia percebemos como aquele amigo faz falta... mas ai já pode ser tarde demais...
Enfim... Um dia descobrimos que apesar de viver um século, esse tempo todo não é suficiente para realizarmos todos os nossos sonhos... Para beijarmos todas as bocas que nos atraem, para pegar todos os rostos que nos inspiram tesão, para dizer tudo aquilo que tem que ser dito.
O jeito é: Ou nos conformamos com a falta de alguma coisa na nossa vida, ou lutamos para realizar todas as nossas loucuras...
Quem não compreende um apelo ou um olhar, tão pouco compreenderá uma longa explicação...

autor desconhecido.

Texto: extraído do blog de um amigo
Foto: de dominio público da net

...é issu ai...