˙˙·٠•● eu sou a lenda ☠ eu (r)existo ●•٠·˙˙™ - UM POUCO MAIS!

18 de setembro de 2007

sem título

foto montagem: Paulo Franco


Um momento de egoísmo

Um momento de egoísmo, uma carência profunda, um pedido de perdão disfarçado de protesto em defesa da natureza.
A natureza é perfeita, afinal tudo o que é criado por Deus é perfeito.
Posso citar como exemplo as quatro estações do ano. Cada uma com seu modo, mas todas em sua órdem e ligadas por um equilíbrio perfeito, completando-se e enchendo o ano todo de vida.
Então porque sentimentos e ações diversas dos "homens" influem tanto nesse equilíbrio natural?
Talvez para "eles" seja de suma importâcia tais fatos, mas e para as estações?
Será que os "homens" não se importam com seus sentimentos?
Sei lá... Vejo o tempo passar e constato o que "os outros" fizeram com as quatro estações...
Primeiro com a mais alegre e colorida delas, a Primavera.
O preconceito "deles", junto com sua forma agressíva e sua visão fechada, desbotaram suas cores. Cortaram suas flores, calaram sua alegria e fizeram com que ela partisse pra longe em busca de um lugar onde ainda houvesse algum equilíbrio.
Se foi, ficando apenas em nossa memória e coração.
Segundo foi o Verão, o mais intenso, o mais quente.
A ganância, o desejo de explorar e a fome incansável que "eles" tem, foram implacáveis.Conseguiram sufocar o grande sol, sugaram sua luz e escravizaram seu calor, assim enlouquecendo sua mente e afastando seu espírito de tudo lhe dava alegria.
O inverno... Até mesmo o inverno, que pensei ser o mais forte,foi vencido. O mais sábio, o mais elegante e talvez o mais conhecedor da vida... O frio soturno não resistiu.
Os "desalmados", com suas mentiras, suas seduções maléficas, suas loucuras e ódios, dominaram a grande força. Arrancaram a sabedoria, calaram a voz da experiência e privaram o resto do ano de descansar seguros em seus braços, em seu sorriso de mestre e guardião.
Mas esperem... E o outono?
O vento que balançava os cabelos, o olhar triste e doce, o mais acolhedor... Foi simples...
Depois de terem usado seu vento, se deliciado de seu olhar, simplesmente se esqueceram do outono... O baniram ao esquecimento.
Sabiam que ele não tinha tanta força pra reagir. Sabiam que sem o resto do ano, nada mais seria que uma folha seca e acinzentada...
Este foi o fim do equilíbrio natural, meu coração se destrói só de lembrar de como os anos foram maravilhosos até então...
Eu escrevo este texto chorando e pedindo perdão às quatro estações por ter falhado em protege-las.
Talvez tenha enchergado tudo de forma equivocada.
Entendam por "homens", "monstros desalmados" e "outros", todos os fatos, situações e principalmente os humanos, encarnados e desencarnados, que de alguma forma contribuíram pra o fim.
Espero que todas as estações possam ler a história do fim e perdoem os erros deste escritor.
Obrigado e jamais esqueçam de como os anos foram lindos.

Assinado... O que restou de uma parte do ano que passou...

Felipe M. - O outono.
2007

"Eu resolvi publicar este desabafo não por simplesmente estar envolvido.
Pois isso seria muito simples, muito singelo.
Concordo em partes como os sentimentos do meu meio irmão...
Onde descordo?
No fim...
Jamais poderia acreditar no fim. Eu seria louco de deixar isso acontecer.
Assim, publico pra querer de coração tornar isso vivo.
Esta vivo!
É eterno!"

Paulo Franco - O inverno
set2007

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