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9 de dezembro de 2013

Festas: a nova cena do fervo em São Paulo

(na rota do fervo)

A nova cena do fervo em São Paulo

“Amigos baladeiros trocando idéias e fazendo acontecer... IDEIAS, eis a mágica que tem transformado as baladas e festas de São Paulo. 2013 foi o ano da consolidação de uma onda de novas festas, ano que deu nome e prestígio a ‘selos’ criados como forma de diversão e reunião e amigos. Na soma dos quadrados e catetos dessa mistura, um novo estilo de fazer balada tomou conta das redes sociais e de quebra mudanças na grade de clubes grandes e tradicionais.
É tudo novo? Sim e não. Muito pouco foi destruído para que essa boa onda passasse e as datas; que inundaram as time lines; se espalharam e hoje, eu acho difícil o público não se entregar ao ritmo forte que esse balanço promove. Festas como “Magic Space”, “Tic Tac party”, “Ressaca” e outras tantas, conseguiram inverter os pólos dominados pelos grandes clubes e cada vez mais se afirmam como alternativas de boa diversão, fervo certo e novos ares.
No comando destes “selos” estão jovens promotores, que literalmente arregaçaram as mangas e fizeram seus projetos acontecerem.

A noite virou dia! Sim é festa!

Balada a luz do dia é rave. ERA! Aliás, logo estarei eu folhando revistas velhas pra procurar festas do passado e encontrarei Raves, Afters, Pool Partys... O Pokémon evoluiu senhores e senhoras veteranos de baladas boas de guerra!
O ‘virar a noite’ segue paralelo ao ferver ‘de dia’ e a nova cena deixa isso bem claro. Há público que trocou a noite pelo dia... Há público que agora vira ‘noite e dia’... Sempre haverá público e com essa galera toda, profissionais e ‘amadores’ dispostos a mostrar seu trabalho.

A ‘Magic Space’ é um exemplo de que o dia na praia pode ser pra lá proveitoso e fervido. Mensalmente instalada na ‘veterana’ The Club Litoral, a festa faz tremer a Ilha Porchat, fazendo do selo em 2013, um dos mais concorridos e propagados da nova cena. Como começou? Amigos reunidos pra ferver, assim conta um dos produtores da Magic, Raphael Luiz:

Começamos em uma brincadeira no SUPER CHILL OUT outra produção que iniciamos no litoral em 2011 em parceria com outros amigos, mas acabou que, por alguns motivos subiu a serra e hoje esta sob administração do nosso amigo Bruno Domingos. Como eu e o Marcello tínhamos absoluta certeza que o cenário no litoral estava carente de um projeto um pouco mais ousado e rico em atrações, que pudesse trazer pro público daqui uma opção a mais de entretenimento, começamos a estudar as possibilidades de juntos iniciarmos uma parceria, foi ai que nasceu a MAGIC SPACE e hoje, com bons motivos pra comemorar visto que, nosso projeto foi indicado como PROJETO / FESTA do ano pelo Portal Ômega Hitz Awards e claro, já peço pra galera ai, dar aquela votada.”

O visual mágico a beira mar da Magic Space na The Club Litoral em São Vicente.


Lista de DJs reunidos, 12 ou mais horas de festa iniciada no meio da manhã, atrações variadas e ótimo som... Eis a mágica, dentro do espaço de uma boate noturna, indor e piscina, strobo e sol... Sucesso! 

O que dizer também, da festa “Tic Tac party”, que transformou o point do ‘Rei do Óleo’, a beira da Marginal Tietê, noutro sucesso de freqüência. A ‘Tic Tac’ também trocou a noite pelo dia, conta com o bom espaço do Tatos Bar,  mescla seu público, tem ritmo, força, diverte, agrega e engrossa a maré positiva de que o fervo pode ter vida própria e longa, sem o aparato e o grande staff das mega casas. Resultado da ‘delícia cremosa’ em 2013 – SUCESSO também. Tic Tac e Magic Space não concorrem entre si, pelo contrário, irmanam quase que em sua totalidade o mesmo público. Fervo na Marginal ou a beira mar se completam.

 “Ressaca”. O nome da festa é hiper, mega sugestivo, isso somente já remete a minha própria memória (abafa)... kkkk . Sucesso que também varreu 2013, a festa ‘Ressaca’ nasceu sem fins lucrativos e ganhou corpo com os mesmos elementos da ‘Magic’ e da ‘Tic Tac’ e ainda agregou um fator extra – o “Open Bar” bancado pelos frequentadores da festa. Um dos idealizadores do projeto Alexandre Félix, fala como nasceu a ideia:                                                                                                                                
“Nasceu de uma ideia entre amigos na praia, no qual eu liderava a equipe. Grupo criado para os membros da festa que a cada mês fica mais famosa e mais pesada. Pretendia ter um valor baixo e que todos pudessem se divertir na noite, gastando pouco e consumindo de acordo com sua situação financeira.
Devido à organização e com tudo bem detalhado, a festa tornou uma proporção que nem eu esperava, foi aceita a cada mês com o seu público. E cada vez dizem que é a melhor.”  

Ressaca fervendo no Tatos Bar.

A festa ‘Ressaca’ polariza um tipo um pouco diferente de público que as demais festas, mas o conceito de ‘reunião’ é o mesmo que predomina na nova cena e sem dúvidas, isso elevou o projeto também a um sucesso total.

Novas caras.

Não posso dizer que todos os conceitos que fizeram as festas um ‘sucesso’ são novidades. O ritmo da nova cena é diferente sim, cada festa tem o seu. O público aceita estes diferentes ritmos, mas festa é festa, balada é balada na sua essencial geral. Abra um espaço, ponha um bom som, tendo o que beber, com quem paquerar, amigos pra ferver... Eis a balada! Onde esta a novidade Tio Paulo?
_ No comando! Sim os comandantes são carinhas novas, frequentadores do fervo. No som, uma legião de novos DJs que dão a cara à tapa e mostram seus talentos! Rendam-se veteranos, eles e elas são bons.

Se há algo que me surpreende, é a quantidade de meninos e meninas que fazem ‘som’. O Facebook é mãe, pai e patrão da nova safra e esta infinidade de festas: a casa da maioria deles. Um novo ‘set’ pipoca nas ondas do face tanto quanto as cutucadas que o ‘veio’ aqui recebe... kkkkk.... Chegam aos ouvidos, vão às festas, fazem nome e ai sim, TEMOS NOVIDADES e das grandes. DJs de nome se rendem, outros ‘descem a lenha’, mas a banda; digo; as pic ups tocam, a pista ferve e a festa esta feita.

flayer de chamada da Tic Tac party.

Méritos da moçada que comanda e de nomes como Dj Má Rodrigues (Magic Space), Dj Raphael Rodrigues (Magic Space), Dj Kaio Garcia (Ressaca), Dj Gui Almeida (Pzá/Me Gusta Colocada), Dj Jhon W (New Club/Tic Tac), Dj Eduardo Brava (produtor), Dj Wandy Telles (Vexame) entre outros que fazem seu som, põe a pista pra ferver sem medo das críticas, simplesmente com o prazer de tocar e mostrar talento.

A concorrência abre os olhos.

Ninguém é bobo na noite, o que faz sucesso, o que rende, logo é incorporado e assim os grandes clubes da capital não dormem no ponto. Longe falar de deslealdade ou concorrência suja, mas sim adequação ao ritmo das coisas. O clube Bubu já promoveu edições da festa “Vexame” dentro de seu espaço e hoje (09/12) a Flexx Club anunciou com todas as letras sua edição de ‘Open Bar’, programada para 500 pessoas, ocorrendo exclusivamente em sua nova pista ATRACK. Sinal dos tempos ou idéia boa merece ser seguida? Não importa o que seja, os baladeiros é que saem ganhando e a noite ou dia, fritarão felizes! A pista ATRACK da Flexx, aliás, foi inaugura em novembro último e reúne desde sua primeira noite, um set de Djs, que tocam nas novas festas e botou na Flexx o mesmo som pesado que se ouve na Magic Space ou na TicTac. •

Sobre esta concorrência, Raphael Luiz da Magic Space falou o que pensa: _ A concorrência dos grandes clubes assusta vocês da Magic?

"Sinceramente não, por mais que o público da Magic Space seja uma grande parte da capital paulista, não nos assusta, até por que muitos não trocam uma festa diurna por uma night party, assim como vice-versa. De um modo geral, os concorrentes estão ai para te deixar um pouco mais esperto, para não te deixar cair no famoso comodismo. Onde há concorrência, pode ter certeza que há qualidade de produção e um bom investimento. Quem ganha com isso é o público." - disse Raphael.
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Eu, como frequentador, espero que esta onda de bons projetos continue provocando seus tsunamis e que os idealizadores cada vez sejam mais criativos e os profissionais e Djs evoluam sem deixarem que a ‘concorrência’ afague demais seus egos.
No mais é PARABÉNS TOTAL pra molecada que acontece e que sigam em FRENTE. É isso que o Tio Paulo acha!

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28 de julho de 2013

"Arena São Jorge" - O PROJETO.

Um grande projeto para 
a sede do Corinthians!

Encontrei este projeto no site MEU TIMÃO - http://www.meutimao.com.br/blogs/william_sena/arena_sao_jorge
postado pelo William Sena e achei super interessante e reproduzo a matéria na íntegra. Se trata de uma super obra, que mudaria totalmente a 'cara' do Parque São Jorge, sede do Corinthians. Para tal, o estádio Alfredo Schuring (Fazendinha) teria que ser demolido.
Polêmicas a parte, vale a pena ver como ficaria a super arena multiuso.

ARENA SÃO JORGE

A Arena São Jorge à esquerda e o prédio garagem à direita, 
visão pelo lado da Marginal Tietê

O projeto é de 2012, mas só hoje conheci o mesmo (dica do @RicardoVernisi) e resolvi compartilhar com outros que também ainda não viram o projeto. 

Desenvolvido pelo escritório Fernandes Arquitetos Associados, responsável pelo projeto do atual Maracanã, o projeto da Arena São Jorge prevê uma nova arena multiuso dentro do Parque São Jorge - o que eles chamam de Arena Indoor, 'arena dentro de casa'.

Abaixo a descrição da Fernandes Arquitetos sobre a Arena São Jorge e algumas imagens disponibilizadas:

Arena São Jorge à frente e o edifício garagem ao fundo

Inovação indoor 

A Arena São Jorge atende um público aproximado de 15 mil espectadores, com estrutura e flexibilidade para abrigar jogos de diversas modalidades esportivas, assim como shows e eventos de médio porte. Localizado em região de excelente acesso, o projeto inclui um edifício garagem com mais de 1.500 vagas de estacionamento. Os produtos ?vip?, como camarotes, premuim seats e loge box, tem serviços de primeira linha, além de lounges, áreas comercias, restaurantes e acessos exclusivos.
O projeto antecipa o futuro, dentro de uma nova categoria de espaços 'indoor', voltados para entretenimento esportivo e não esportivo.

O site não detalha muitas coisas, mas pelo projeto percebe-se que não se trata de uma reforma na Fazendinha, e sim a construção de uma nova arena multiuso no lugar dela, além de usar os espaço onde há quadras de tênis para a construção do edifício garagem. Só da demolição da Fazendinha já é assunto pra um bom debate, muitos contra, muitos a favor. 

A Arena São Jorge ficaria onde está sinalizado com 'A' na imagem acima e o edifício garagem à sua esquerda.

Prédio garagem com mais de 1.500 vagas de estacionamento à esquerda

Mandei um e-mail pro escritório Fernandes e a única informação que obtive é que este projeto foi um Estudo de Viabilidade realizado para uma Arena Indoor que até o momento não prosperou. Ou seja, ou já foi descartado ou ainda está em análise pela diretoria.

Respeito a opinião daqueles que são contra, mas sou favorável a uma arena multiuso no Parque São Jorge. Mesmo que para isso a Fazendinha tenha de ser demolida. E isso não é apagar a história e sim escrever novos capítulos.

Prédio garagem com mais de 1.500 vagas de estacionamento à esquerda

O Corinthians não é só futebol, e uma arena multiuso favorecerá o fortalecimento de outras esportes e suas competições. Pode ser um local pra eventos da NBB e UFC por exemplo. São Paulo carece de arenas multiuso como esta, ainda mais a zona leste. 

Bom, um projeto deste porte não basta apenas vontade, além de um bom debate democrático em cima da demolição de um patrimônio histórico do SCCP, também tem a parte da engenharia financeira pra viabilizar a obra. Vai lá saber quanto tudo isto custaria.

Enfim, pra quem ainda não conhecia gostou? Não gostou? É a favor ou contra? Prós e contras. Deixe seu comentário.


Parque São Jorge

VAMOS ACOMPANHAR, MAS QUE SERIA UMA LINDA OBRA, 
AHH ISSO SERIA!

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2 de junho de 2013

Parada Gay pra que?

(opinião)

Para onde vamos?


Hoje, 02 de junho de 2013 acontece em São Paulo mais uma edição da 'Parada do Orgulho Gay' e eu daqui do meu quarto, não terei muitas notícias. Não se trata que perdi a militância ou estou indiferente, o fato é que não sei onde isso vai chegar...

A 'parada' já deixou de ser protesto, revindicação, afirmação, orgulho ou o que queiram chamar a muito tempo. O que vemos hoje na avenida Paulista, tornou se um evento, onde os participantes cantam e dançam, desfilam fantasias e fazem coisas sem o menor sentido. Não há caráter político e muito pouco se vê de militância. A cidade lucra, os participantes de divertem, a polícia militar tem trabalho e 'amanhã'; dia útil; tudo volta ao normal.

A cidade de São Paulo já tem em seu calendário a 'Semana do Orgulho Gay', programação de acontecimentos  que somados e culminando com a parada fazem do evento o terceiro maior da cidade tanto em participação quanto em arrecadação. Hotéis com carga máxima de ocupação, restaurantes cheios, lojas vendendo, eventos lotados e dinheiro entrando para os cofres da alegre São Paulo. Se depender da prefeitura paulistana, estes 'dias dos gays' jamais acabarão.
Turistas chegam aos montes, os eventos do 'orgulho' só perdem em visitantes e arrecadação para a Feira do Automóvel e para o fim de semana da Fórmula 1. Economicamente é um sucesso!

Sentido...

Em sua 17ª edição, esta parada tem de certa apenas a orientação do trajeto do desfile na Paulista. Sabe se que sairá do número 900 com sentido a Praça da República. Então que sentido teria eu para ir a mais esta edição? NENHUM! Acho que eu levaria minha militância quase que solitária e acabaria também me empolgando e dançando como a geral. Não haveria sentido nisso.

Eu acredito que este modo de mobilização já deu seus frutos e esta na hora de uma reinvenção. São Paulo já elevou o Brasil como tendo a 'maior parada gay do mundo', toda visibilidade e impacto já foram conseguidos. Mudanças na visão geral já são nítidas, vitórias no campo intelectual e cultural também... A vida dos gays paulistanos e brasileiros desde 1996 (primeira edição da parada, com poucos corajosos em SP) já mudou muito. Hoje temos direitos a nos unir em parceria, gays frequentam as casas dos telespectadores na novela das 8, famosos saem do armário em rede nacional e o debate franco justo ou injusto acontece amplamente e abertamente. É fato de nem tudo são flores rosas e cheirosas, existe uma enormidade de deformações nesse caminho, temos homofobia, temos desprezo, temos crimes...
Precisamos de uma reinvenção no modo de nos mostrar. Que não se acabe com a 'parada', mas que se mude o foco dela. Que não se mude o jeito gay de festejar, mas festas sejam feitas com propósito. Deveríamos tirar um pouco os olhos da Paulista e lançar sobre Brasília, onde muitos bradam fortemente contra a comunidade LGBTS e POUCOS miam a nosso favor... Se representamos um grupo que trás tantas divisas aos cofres da cidade de São Paulo, se o evento é um sucesso, por que não transferir este engajamento em uma representação digna e justa de nossos direitos no Congresso? Por que não usar a forte exposição na mídias, novelas, cinema a nosso favor? Por que não calamos a boca dos contrários sem base com fatos e feitos que realmente nos beneficiem ao invés de nos divertir? - Sei lá, acho que mais militância não deixará chata nossa festa...

Não vou para a Paulista hoje, talvez não irei o ano que vem também  até sentir que temos rumo pra seguir... Bom 'pride' pra você que vai.

Paulo Franco, paulistano, 44, Engº Eletro., gay.

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21 de fevereiro de 2013

Céu: 'Uma breve história'.

Céu

Céu em 15/02/2013

O nome que dei a ela foi Céu, pelos olhinhos azuis, que olhavam para o alto, para mim, de sua pequenina forma. A resgatei da rua em 15 de fevereiro, ela estava encostada num portão vizinho a empresa onde trabalho. Consigo, outra pequenina ou pequenino, não sei. Quando a vi de longe meu coração pediu para ir busca-la. Fui.
A levei para casa decidido a dar para Estelar, minha companheira já adulta, uma companhia. Passei o fim de semana a cuidar da pequenina, a alimentei, fiz caminha, potinhos de comida, caixa de areia e tratei de apresentar a minha filhota maior a nova 'irmanzinha'. Estelar relutou no primeiro dia, no segundo, mas se acostumou a ter outro animal por perto. Céu foi carinho tempo todo, me seguia onde quer que eu fosse na casa, comia, bebia e dormia nos meus braços. A pequenina retribuía o carinho, ronronava, pedia colo, pedia afago e em mim também fazia.
Na noite de 20 de fevereiro (ontem), quando cheguei em casa, Céu estava no chão, sem vida, ao lado dos potinhos de comida. Em sua caminha havia feito muito coco, espalhado pelo chão também. Céu havia ido embora para o céu dos gatos.
Me abati de tristeza, num choro compulsivo em ver aquela pequena criatura sem vida no chão da minha casa. Céu ficou comigo apenas 5 dias. Talvez ela estivesse doentinha pelos maus tratos da rua, isso não saberei jamais. Sei apenas que meu gesto foi de amor e esse amor foi conquistado rapidamente pelo tempo que ela ficou comigo na empresa antes que a levasse para casa. O desejo que torna-la tão bonita e saudável com é Estelar, só fez aumentar o carinho que sentia por ela.

Céu agradeceu cada carinho meu, agora posso dizer. Seu ronronar e afagos que fazia no meu queixo eram de agradecimento ao carinho que jamais tivera antes. Na rua talvez seu fim fosse pior sem dúvidas, mas a divina providencia tocou meu coração e me fez a levar pra minha casa. Ela teve carinho e conforto, mas mesmo assim voltou ao céu dos gatos. Uma gatinha de rua, que ganhou um lar, amor e um nome: CÉU e me deu amor tamanho em apenas 5 dias.

Minha filhota Estelar ficou sem a 'irmanzinha' com o qual já ia se acostumando e eu fiquei com a certeza que o carinho dado a ela, me foi retribuído e agradecido mesmo nesta curta vida que teve ao meu lado. Céu saiu da minha casa, na mesma caixinha que havia entrado, só que desta vez muda, emudecendo a mim também.

Resolvi escrever isto e postar a única foto que tirei dela, para deixar registrado que o amor  de um bichinho tão pequenino conteve todo agradecimento e retribuição que um amor verdadeiro pode ter.

Paulo Franco

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Rogéria: Aos 70, mais DIVA que nunca!


"Esta homenagem, EU fiz em 2013, logo antes de Rogéria completar 70 anos de idade. Ela faleceu na noite de 04/09/2017, de complicações devido a infecção. Rogéria será sempre o estandarte da arte gay do Brasil. Rogéria rompeu barreiras e nos 74 anos bem vividos ela deixará um vácuo e muita saudade. Astolfo deixou lições."

(Divas)

Prestes a completar 70 anos, 
Rogéria orgulha-se da carreira e diz: 
'Sou a porta-bandeira dos gays e travestis'

Rogéria * 1943 - 2017

Rogéria nasceu Astolfo Barroso Pinto em 25 de maio de 1943, carioca de Cantagalo no Rio de janeiro, prestes a completar 70 anos e 50 anos de carreira, ela tem sido o exemplo e a diva maior do mundo trans brasileiro;mesmo ainda nos dias de hoje com tantas facilidades de 'aparecer'. Artista multifacetada do primeiro time das estrelas, Rogéria continua rompendo barreiras com talento e opiniões fortes.
Rogéria começou a carreira como maquiadora da TV Rio. Foi incentivada a subir nos palcos por ícones como Fernanda Montenegro, Bibi Ferreira, 
Elis Regina, tornou-se vedete, ganhou o mundo e a família brasileira. A travesti está na boca do povo há várias gerações e seu talento, presença de palco e carisma são incontestáveis. Rogéria é mais que integrante da história do teatro, ela é a história da arte gay brasileira. Morou no exterior, apresentou se em muitos lugares, vários shows e em 1979 recebeu o Troféu Mambembe, pelo espetáculo que fez ao lado de Grande Otelo.

Personagem Alzira, da novela 'Lado a Lado' da Rede Globo.

Vinte e três anos depois de participar da novela 'Tieta' da Rede Globo, Rogéria esta de volta a emissora para interpretar uma mulher biológica:  Alzira, mãe da personagem de Maria Padilha e avó de Luciano (André Arteche). Para Rogéria, ator não tem sexo.

Versatilidade e beleza não tem idade.

“Moça coisa nenhuma, cara. Você tá vendo alguma senhora aqui na sua frente? Fique sabendo que o meu nome é Valdemar”, gritou a atriz em 1989, numa cena de 'Tieta' ao interpretar a apoteótica Ninete. Na ocasião,a personagem havia sido assediada desrespeitosamente por Amintas (Roberto Bonfin) e, quebrando as normas de gênero em rede nacional, provou desde aquela época que travesti não é bagunça.

'Maria, a louca' - personagem da comissão de frente da
Escola de Samba São Clemente em 2009

Rogéria nunca foi do tipo militante – tanto que suas declarações já causaram muita polêmica - mas fez da sua história o seu exemplo para o Brasil. Rogéria falou ao repórter Neto Lucon sobre sua carreira, mundo trans, sonhos e como lida com o passar dos anos... 
Confira: 

- São 50 anos de uma carreira impecável. Como você sobreviveu aos preconceitos, as invejas e aos próprios dramas?

Querido, um homem que se veste de mulher geralmente só tem sucesso quando é bonitinho. Se tiver talento, melhor. 
Mas, mesmo assim, aos 30 e poucos esse assédio vai acabando e você tem que virar caricata para se manter. 
Sinto que minha carreira é de fato bem sucedida, pois estou com 70 anos, tenho 50 anos de carreira, sou a mesma pessoa 
e estou aí até hoje. A Rogéria continua e é lembrada por todos. Agora, quanto aos meus dramas, garanto que não 
tenho problemas em ser Astolfo, não, não tenho esses grilos, sou muito feliz como sou. Talvez a minha diferença seja essa...


- Você faz questão de falar que não se considera mulher. Mas sua vida não ficou mais colorida com a Rogéria?

Muito mais colorida, claro, poxa vida. Mas também foi uma barra, pois passei por duas ditaduras. Uma aqui no Brasil e outra na Espanha. 
No Brasil, o negócio era o comunismo. Vi a perseguição ao Caetano Veloso, o Chico Buarque, a Zuzu Angel com o filho... 
Eu calava a minha boca, pois pensava: sou transgressora por natureza, morro aqui mesmo. Em 68, um delegado quis censurar a minha presença 
em uma peça teatral. Chorei muito, como nunca, mas consegui voltar depois. Com tanta pressão, acabei indo para Luanda, 
Moçambique, Paris, Portugal, Espanha... Mas lá disseram que eu não poderia trabalhar, pois tinha que ser mulher ou me fazer mulher 
– duas eram operadas. Após uma performance, um empresário disse que me daria um programa de TV se eu me operasse. Mas não, não quero tirar 
o pinto do meu sobrenome e nem da minha vida.


- Como foi que a Rogéria deixou os palcos e passou parte integrante do seu cotidiano?

Foi naturalmente... O cabelo foi crescendo, os seios ficando com detalhes mais femininos... Paris foi a cereja do bolo, 
pois estar no palco de mulher é uma coisa, mas andar na rua é totalmente diferente. Fiz um teste quando ia fazer um tratamento dentário: 
fui vestida de mulher, peguei ônibus, quis saber como seria vista... E foi tão bom. Era um personagem que tinha parado o trânsito. 
Consegui ganhar o Oscar! (risos).

- Neste ano, você completa 70 anos. A idade te assusta?

Não, não. Nunca tive problema com a idade e garanto que a vaidade não me pega. Aprendi a lidar com isso depois de um acidente gravíssimo de carro que sofri em 1981 [um caminhão atropelou o carro de Rogéria, quando ela levava um amigo de volta para casa durante a madrugada]. Ali, tinha certeza que havia acabado a minha beleza e a minha carreira. Foi um corte no rosto, em cima do olho, cicatrizes gritantes, que as pessoas sentiam pena.  Quarenta e cinco dias depois, eu estava trabalhando, apresentando os tradicionais bailes de carnaval com seis câmeras em cima de mim [ para o programa de Agildo Ribeiro]. Falavam sobre a minha aparência e eu perguntava: “Ok, mas como está o meu trabalho?” As 
“Seu trabalho é maravilhoso, fantástico”. Então, é isso que importa, 
o meu trabalho.


- Por falar em trabalho, começamos 2013 com uma excelente notícia. Você está escalada para a novela Lado a Lado. Como surgiu o convite?

Querido, estou com o texto na mão e empolgadíssima para participar dessa produção linda. A TV Globo sempre foi muito legal comigo, 
pois sempre há convites, trabalhos e um respeito enorme. Este convite veio dos autores [Claudia Lage e João Ximenes Braga] e estou muito feliz 
por fazer parte dessa equipe maravilhosa, como o diretor Dennis Carvalho (66), que consegue ser sucesso às 19h com uma novela de época.

- Você gosta de novelas de época? 

Gosto de qualquer trabalho, pois meu negócio é trabalhar, trabalhar, trabalhar. Tenho a consciência de que novela de época tem aquela inspiração chique. 
Vejo a Patricia [Pillar, 49] com aquelas roupas lindas e fico feliz a beça. Além da questão histórica, que nos faz aprender. Mas eu sempre gostei 
das novelas da Globo, das outras emissoras também. Acompanho todas, gosto da maioria. Menino, você acha que eu ia perder Avenida Brasil? Claro que não, achei ótima.

- Ao contrário da icônica Ninete, desta vez você vai interpretar uma mulher que nasceu biologicamente mulher. Como está sendo?

Ator não tem sexo, querido, faz o que tem que ser feito. Alzira é uma mulher altiva, é estrela, mãe da Diva e usa um vocabulário rebuscadíssimo. Tem uma cena que ela dirá ‘Que vergonha deplorável, aviltante’ (risos). Meu Deus! Há muito tempo não escutava ‘aviltante’.

No esplendor da juventude, ensaio sensual nos anos 70.

- Voltando a falar da Ninete, ela foi o seu personagem marcante da TV?

Foi realmente maravilhoso. Estar em uma novela em 1989 com personagem tão rico foi fantástico, um marco para a época. Fora o elenco, Betty Faria, Yoná Magalhães, Mirian Pires, aquele time de estrelas... Fico muito feliz porque sou bem recebida na Globo, quer dizer, em qualquer lugar. Hoje, apresento o programa Preliminares [Canal Brasil], que exibe filmes nacionais. Somos o segundo programa mais acessado do canal.

- Você também apresentou durante muito tempo o tradicional baile gay de carnaval, que depois mudou e tornou-se mais esculachado. Como foi? 

Minha intenção sempre foi não deixar acontecer o que acontece hoje: falta de respeito. Poxa, a família brasileira ficava esperando o baile, netos, avós, pais, pois era um trabalho para o público de casa. A câmera é o mundo que eu quero mostrar, então o respeito é importantíssimo. Fazia ao lado do Otávio Mesquita, que todo mundo acha 
que é homofóbico, mas que é uma pessoa maravilhosa, e procurava rir com a família brasileira.  Hoje, vejo que muitas delas vão a troco de aparecer no ridículo. Elas ficam de lado, esperando o momento de serem esculhambadas. Nunca passei por isso e nem quis. Hoje, não quero mais fazer...

- Você sempre fala do respeito à família. Isso se deve às professoras que teve, quando era maquiadora da TV Rio, Fernanda Montenegro, Bibi Ferreira, Elis Regina?

São professoras de primeiro grau, assim como a Irene [Ravache]. Quando fui estrelar uma obra, o Carlos Machado ficou meio reticente, mas a Irene deu o maior incentivo. Disse: “Rogéria é uma estrela, tem que estar”. Poxa, saber disso e vê-la hoje, brilhando em “Guerra dos Sexos” ao lado da Glorinha (Pires), é fantástico. Eu sou bem aceita por homens e mulheres, pois tenho uma postura legal. Me queiram bem porque eu não sou do mal. Sou a travesti da família brasileira. 

- Como é o seu contato atual com a comunidade LGBT?

Eles e elas gostam, me observam como um ícone. Mas não tenho blog, Twitter, nem Facebook, pois a minha rede social são as pessoas na rua, no meu convívio. Eu não fujo do fã, eu me entrego nos braços dele. Muitas senhoras, mães de gays e travestis, me param na rua e sempre, sempre é muito bom. Elas falam que gostam muito de mim e até que aceitaram 
os seus filhos pelo meu exemplo: “Quero que meu filho seja como você, que respeite o ser humano”. Isso é muito gratificante, imagina, uma mãe não ter preconceito por conhecer a minha carreira? Toda mãe tem medo que o filho vire um travesti maluco, então servir de um exemplo positivo é recompensador, transformador. Eu fiquei porque plantei, porque 
sou a porta-bandeira dos gays, das travestis. Não é brincadeira... 
Agora, vão atrás!


- Hoje, comemoramos o Dia da Visibilidade Trans. Acha que as travestis e transexuais conseguiram muitas conquistas? 

Tivemos, claro. Eu acho maravilhoso tudo o que conquistamos, dessa liberdade maior e do respeito. Ainda há problemas, mas pelo amor de Deus, cada um vive como quiser, ninguém tem que intervir em nada. Vejo hoje bons exemplos, trans em vários lugares, a Jane Di Castro cantando o hino nacional, elas articuladas, em reuniões... Embora seja encarado ao universo gay, achei de extrema importância a aprovação da união civil, que é o mais importante que o casamento em si. Agora, ninguém vai mais tirar o seu dinheiro depois que o outro morreu. Eu, por exemplo, já fui casada durante 19 anos, morava com ele, a minha mãe e os meus irmãos...

- Como era a sua mãe?

Era a melhor mãe do mundo. Ela morreu há dois anos, com 91 anos. Mas vou te contar, que mãe maravilhosa! Nunca me perseguiu, me desapontou, apesar de eu ser muito levada. Aprontava muito, era terrível e todo mundo sabia o que eu era. Brincava de Cleópatra aos oito anos, brincava de Tarzan e Jane e claro que eu era a Jane (risos). Tive uma infância normal, bacana, me joguei na água de chuva, subi o morro, fiz tudo o que uma criança saudável fazia. Nunca sofri nada dentro de casa. Isso me fez ser bem resolvida e feliz. Eu sou muito feliz por ter tido a mãe que eu tive. Nunca sofri bullying.

- Uma curiosidade... É verdade que você não tem silicone?

Não (risos).


- Mas eu assisti a peça Sete – O Musical e vi que você estava com grandes pares de seios... 

(Risos) Eu botava embaixo do sutiã bastante espuma para dar um volume. Mas você pode notar que era bem molinho, não era aquela coisa enrijecida de silicone. Não sou contra, só não gosto de exagero. Essas americanas de seis imensos, Deus me livre, faz mal para coluna. Tem uma amiga minha que estava com um peitinho murchinho, por conta da amamentação 
e perguntou o que eu achava. Disse: “Desde que você não coloque demais...” Ela foi lá, falou para o médico o tamanho que queria, fez e ficou linda.

Rogéria, qual é o seu sonho? 

Meu sonho é ver nosso país acabar com essa política cheia de ladrões. Para isso, tenho um aliado: Joaquim Barbosa. Deveria existir mais Joaquins, não perderia uma sessão. Sonho que um dia acabe com a pobreza, com esse craque, com essas crianças morrendo. Se eu fosse uma fada, mudaria tudo.

Mas na sua vida, profissão, já fez de tudo?

Acho que já fiz de tudo. Olha que maravilha, estou com quase 70 anos e estou conversando com você, um jovem. Digo: “Poxa vida, graças ao bom Deus e a Virgem Maria eu consegui realizar tudo, 
mesmo diante daquele acidente”. Deus está comigo. As pessoas pensam que a gente não tem religião, mas o que importa é a nossa alma. O corpo vai apodrecer, mas você tem que estar limpo na alma, 
no amor. E eu sou essa pessoa, tenho Cristo dentro de mim. Amém. 

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DIVA!
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18 de fevereiro de 2013

"Do Começo ao Fim" - O filme.

(cinema)

Cartaz do filme "Do Começo ao Fim" de 2009

"Do Começo ao Fim" - O filme.
Um filme com começo, meio e fim FELIZ!

"Do Começo ao Fim", é um filme brasileiro que estreou em 2009, estrelado por Fábio Assunção, Júlia Lemmertz, Gabriel Kaufmann, Lucas Cotrim, João Gabriel Vasconcellos e Rafael Cardoso.
O filme é considerado de baixo orçamento, já que não ultrapassou os 2 milhões de reais. Aluizio Abranches, criador e diretor do filme, levou sua ideia para muitos empresários, alguns deles chegaram a sugerir que fosse uma relação entre um casal de irmãos heterossexuais ou, se tivesse que ser homossexual mesmo, que fosse uma relação entre primos, mas Abranches foi fiel à sua ideia e não desistiu de rodá-la, até que conseguiu um pequeno patrocínio da produtora de Marco Nanini.
O diretor alega que não pretendia, de maneira alguma, levantar bandeiras com esse filme. Apesar de o filme tratar de dois tipos de relação que costumam ser considerados "tabus" (homossexualidade e incesto), Abranches afirma que a única intenção dele foi mostrar uma história de amor, independente das condições.


Os atores Rafael Cardoso e João Gabriel Vasconcelos

O vídeo promocional do filme foi colocado no YouTube e atingiu, conforme o diretor do filme, mais de 400 mil visualizações, gerando comentários variados, desde a indignação até o entusiasmo. No filme há uma cena polêmica onde os atores Rafael Cardoso e João Gabriel Vasconcelos trocam carícias em nu frontal. 
No primeiro fim de semana de exibição o filme atraiu mais de 10 mil espectadores as nove salas onde foi exibido (contra mais de 600 de Lua Nova e 550 de 2012) em 2009, mostrando fôlego ao estrear em sexto lugar entre os mais vistos naquela semana.
Isto não garantiu sucesso, pois a divulgação se deu praticamente no boca a boca ou nas redes sociais.

Resgatamos o filme e exibimos aqui na íntegra, sem a menor intenção comercial, simplesmente por que na opinião deste humilde blog, o vídeo merece toda consideração pois entendemos que relacionamentos de casais do mesmo sexo não necessariamente precisam ter dramas ou tragédias em seus finais. Entendemos que a sociedade de 2013 difere pouco da de 2009 e a visibilidade do tema é melhor aceita.

Assistam pois se trata de um belo filme.

Vamos as pipocas!




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˙˙·٠•○ eu sou a lenda ☠ eu não presto ○•٠·˙˙™