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15 de maio de 2014

James Hunt: O último 'sex machine' da F1

Ele era 'quente', loiro de olhos azuis, bonito e na história 
da F1, ficou  como o campeão
 mais sexy e irresistível 
de todos os tempos.

James Hunt

Hunt: cigarros, bebidas, mulheres, sexo e velocidade

Falar de James Hunt sem citar, bebidas, cigarros, mulheres e sexo, não é falar dele. Hunt foi o campeão de F1 que mais suspiros arrancou, não só dentro das pistas, mas também fora delas. Retratado quase que fielmente no filme 'Rush, além da emoção', do diretor Ron Howard, o belo britânico podeira até passar pelos anuários de automobilismo como apenas um campeão de corridas de carros, 
mais um campeão de F1 do tempo romântico, que não fez mais nada depois. Engano.

Hunt fez muito e fez dessas coisas que jamais veremos em tempos de 'profissionalismo' na F1 de hoje. Ele venceu e convenceu, contra tudo e todos que não acreditavam ou subestimavam seu jeito de 'viver' as corridas e sentir as emoções. Hunt 'viveu' a Formula 1.


Beleza e 'sex appeal'. Hunt era dentro e fora das pistas.
Ele era irresponsável com seu preparo para as provas, demonstrava querer ganhar e quando ganhou se satisfez com a conquista. Hunt competiu com muitos dos melhores nomes do automobilismo de sua época. Nomes como Emerson Fittipaldi, Niki Lauda, Jody Scheckter, Clay Regazonne, Mário Andretti, Ronnie Peterson entre outros.
Em 1976 venceu o campeonato em cima de Lauda por apenas um ponto de diferença. Hunt quis isso e conseguiu num dos campeonatos mais dramáticos da história. É realmente esse campeonato que o filme 'Rush' retrata. A rivalidade quase doentia sentida por Lauda para com Hunt e foi a partir de ter assistido a esse filme que eu quis saber mais sobre esse 'personagem' chamado James Hunt.




Glamour

Nos anos 70, ser corredor de carros era glamouroso. Ser piloto de uma equipe de F1, então, era o top do glamour. Encontrei na história, o piloto que mais soube usufruir desse glamour. Irreverente e pra muitos total irresponsável, Hunt viveu sua carreira numa F1 onde o risco era o tom. Pilotos perdiam a vida constantemente pilotando os carros, a tecnologia engatinhava e a segurança era precária. Talvez tenha sido isso que fascinou Hunt a pilotar monopostos.  Talvez tenha sido isso que tenha motivado a rivalidade tão intensa com Lauda em 1976. Lauda era o extremo oposto. Não era incomum ver Hunt, após uma vitória estar cercado de mulheres, tendo nas mãos um cigarro ou uma bebida ou os dois. Suas fotos percorriam as publicações como se Hunt fosse um rock star, posando sempre ao lado das mais belas, flagrado nas mais inusitadas noitadas. Hunt era 'quente'.

Mulheres: Fossem quais fosse, ele fatura muitas!
O  circo da Formula 1 de hoje, jamais permitiria 'palhaços' como James Hunt. Noitadas? Fumar? Beber? NÃO, absolutamente não. Pilotos hoje precisam ser caretas, muito bem casados, certinhos, bem preparados... Hunt hoje em dia não sobreviveria a uma temporada, se é que ele chegasse ao fim de uma.
James Hunt não era careta. Em sua época, o que realmente dava uma aura especial aos pilotos não eram os contratos publicitários e as aparições na mídia, mas sim  o enorme risco envolvido - a cada temporada de Fórmula 1, em média dois pilotos perdiam a vida. E este inglês loiro, alto, boa-pinta, boêmio e viciado em sexo  se comportava como um astro do rock lutando contra os melhores pilotos de sua geração. 


Ele não foi exatamente um rebelde no sentido de quebrar as regras,  pois as regras ainda não existiam num esporte novo e radical como a Fórmula 1. Sua transgressão estava na liberdade de assumir que o melhor da vida de piloto  não era apenas ganhar, e sim aproveitar os benefícios da vitória, sem limites ou censura. Afinal, de que valia vencer o campeonato se não fosse possível  ter uma vida de campeão, gastando dinheiro aos montes, festejando a noite inteira e tendo todas as mulheres aos seus pés.
 Como disse o grande piloto britânico dos anos 60, Stirling Moss, um dia:  
"Se você fosse como James Hunt, o que teria feito em seu lugar?".


A rivalidade com Lauda em 1976: 

Hunt e Lauda tinham estilos radicalmente opostos. Enquanto Lauda foi provavelmente o mais cerebral e calculista piloto de todos os tempos, sempre reservado e sério, Hunt era um cachorro-louco que se arriscava em todas as provas, independente da situação, e um fanfarrão que fez questão de bordar em seu macacão o lema "sex: breakfast of champions" - precisa de tradução?


Os preparativos para a decisão do campeonato de 1976 foi uma síntese do estilo de vida selvagem de Hunt. Enquanto seu rival austríaco se isolou em seu castelo junto com a esposa para se concentrar para a última prova, James resolveu passar duas semanas no Japão, onde a corrida seria realizada. Hospedado no Tokyo Hilton junto com o camarada Barry Sheene, então campeão mundial de moto velocidade, ele percebeu que a cada manhã  uma leva de aeromoças da British Airways chegava ao local para pernoitar. Charmoso e cara de pau, começou a convidá-las diariamente para festinhas regadas a uísque e cocaína em sua suíte. 
O resultado foi uma orgia de duas semanas em que Hunt e Sheene faturaram nada menos que 33 aeromoças. Não satisfeito, instantes antes da largada, foi flagrado por Patrick Head (hoje um dos diretores da equipe Williams) recebendo sexo oral nos boxes, com o macacão nos tornozelos. E um detalhe importante: depois de tudo isso, foi à pista, chegou em terceiro lugar debaixo de chuva e conquistou o campeonato. Virou heroi.

Hunt com Lauda em 1976
No filme 'Rush' talvez a cena mais fundamental de todo enredo é justamente uma fala não ficcional, o próprio Niki Lauda aparece em imagem dizendo que Hunt foi o único piloto que o fez sentir INVEJA. Lauda disse mesmo isso e assim posso definir como síntese da rivalidade entre os dois: 
"Lauda apesar de ter sido brilhante, 
um dia desejou ser igual a Hunt."



Ídolo máximo dos britânicos, ele abandonou as pistas menos de três anos depois de ser campeão, como se aquilo já não fizesse muito sentido em sua vida. Virou comentarista de automobilismo da BBC e faleceu em 1993,  vítima de um ataque cardíaco fulminante. Nessa época, já havia sossegado o facho. Curtia os filhos e acabara de pedir a namorada em casamento. Os anos de hedonismo hardcore cobraram o preço de sua saúde,  mas que ninguém duvide: em sua busca pelo prazer, James Hunt foi certamente o homem mais invejado (e o mais bem-sucedido) daquele mundo tão diferente. 


É isso ai!


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