Gay, nem que seja à força!
Historiadores especulam e sugerem a homossexualidade de personagens históricos, muitas vezes sem indícios consistentes. Abraham Lincoln é a bola da vez .
Historiadores especulam e sugerem a homossexualidade de personagens históricos, muitas vezes sem indícios consistentes. Abraham Lincoln é a bola da vez .
Pesquisas sobre a sexualidade das grandes figuras históricas, além de satisfazer uma curiosidade inata sobre sua intimidade, podem ser relevantes e iluminadoras. O filme Alexandre, de Oliver Stone, causou certa polêmica por mostrar as relações homossexuais do guerreiro macedônio. Em sua época, porém, esse era um comportamento tolerado e aceitável. O mesmo não se pode dizer da Inglaterra vitoriana, que condenou o escritor irlandês Oscar Wilde à prisão pelo "crime" de ser gay.
Uma leitura "heterossexual" da obra de Shakespeare perderia o sentido de seus sonetos.
Em seu conjunto, esses 154 poemas contam a história de um triângulo amoroso bissexual, envolvendo o poeta, seu jovem amante e uma misteriosa "Dama Negra" – muitos supõem que o amante seja o conde de Southampton, protetor de Shakespeare.
O renascentista Michelangelo também escreveu sonetos de conteúdo homoerótico, e é impossível entender a sensualidade de suas obras sem levar em conta esse aspecto de sua personalidade. O mesmo vale para o pintor e inventor Leonardo da Vinci. Hoje, restam poucas dúvidas de que ele foi gay – sofreu até um processo por sodomia.
Para o movimento gay, a descoberta da homossexualidade de um grande artista ou de um herói nacional é mais que uma questão acadêmica e adquire um caráter simbólico.
"A homossexualidade sempre foi escondida, e é natural que esses fatos hoje sejam revelados. Nós, gays, temos pleno direito de levantar hipóteses, e até de cometer alguns equívocos", diz o escritor João Silvério Trevisan, autor de Devassos no Paraíso, ensaio histórico sobre os homossexuais no Brasil.
Para o movimento gay, a descoberta da homossexualidade de um grande artista ou de um herói nacional é mais que uma questão acadêmica e adquire um caráter simbólico.
"A homossexualidade sempre foi escondida, e é natural que esses fatos hoje sejam revelados. Nós, gays, temos pleno direito de levantar hipóteses, e até de cometer alguns equívocos", diz o escritor João Silvério Trevisan, autor de Devassos no Paraíso, ensaio histórico sobre os homossexuais no Brasil.
O problema é quando um pesquisador acadêmico compromete sua seriedade com arroubos militantes, só para colocar a bandeira do arco-íris na mão de uma figura heróica. Foi o caso de Tripp, que já não pode responder por seus equívocos: morreu em 2003, antes de concluir a revisão de seu livro. A obra que pretende tirar Lincoln do armário tem muita especulação disfarçada sob um duvidoso verniz científico.
Nos casos extremos de confusão entre pesquisa histórica e militância, os acadêmicos gays decidem escolher seus heróis – e recusar as más companhias. No Brasil, o mais espalhafatoso arrombador de armários é o antropólogo Luiz Mott, professor aposentado da Universidade Federal da Bahia e fundador de um grupo gay naquele estado. Em 1995, ele causou alvoroço ao aproveitar as comemorações dos 300 anos de Zumbi dos Palmares para afirmar que o herói negro era gay. Foi o início de uma polêmica bizantina: considerando que até mesmo a existência de um único líder chamado Zumbi já foi questionada, a discussão versou sobre a sexualidade hipotética de um personagem hipotético. O movimento gay quer encampar um herói negro, mas se sente incomodado quando surgem ilações sobre a homossexualidade do ditador nazista Adolf Hitler. Recentemente, o historiador alemão Lothar Machtan dedicou um livro a esse tema, em que trouxe à tona até indícios de que o líder nazista tenha se prostituído na juventude.
Até onde se pode afirmar quais personagens históricos foram ou não gays?
Até onde se pode afirmar quais personagens históricos foram ou não gays?
SEM DÚVIDA
Já se reuniram evidências históricas que comprovam a homossexualidade dessas figuras – ou as próprias eram assumidas em sua época. Exemplos:
Alexandre, o Grande, Piotr Tchaikovsky, Marcel Proust e Oscar Wilde
FORTES INDÍCIOS
Embora não haja provas cabais, os pesquisadores dispõem de pistas suficientes para crer que eles eram homossexuais. Exemplos:
Adolf Hitler, Santos Dumont, William Shakespeare, Leonardo da Vinci
SÓ ESPECULAÇÃO
SÓ ESPECULAÇÃO
As evidências que surgiram até hoje sobre sua suposta homossexualidade são apenas circunstanciais e não resistem a um exame mais sério. Exemplos:
Lampião, Miguel de Cervantes e Zumbi dos Palmares
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É evidente que o espelho diz muito para qualquer pessoa e nessa briga de egos entre gays e heteros as vezez vai longe demais. Uma coisa é reunir evidências de uma vida, com fatos concretos e outra é especular. Para o movimento gay de todas as classes, a entrada de um ícone de peso histórico faz sim a diferença. Todo ídolo tem em seus fãns admiradores de si mesmos na trajetória de sucesso e expressão deles. Agora especular algum ícone para apenas aumentar o "Hall da Fama Gay" e ter nesse nome holofote para alguma tese maluca já é absurdo. Devemos tomar cuidado ao tratar assuntos assim, para que a visibilidade não passe a ser risível ao invéz de verdadeiro holofote.
Esta é a opinião deste site que mostra sempre atravez de um quadro fixo com o nome de "os cidadãos do mundo do Arco-Íris", relatos e vida de ícones cuja vida tem relação com o mundo gay, mesmo que para a grande maioria jamais tenha tido conhecimento.
ブ ραulσσ ノブ
˙˙·٠•● "eu sou a lenda ☠ eu nÃo presto" ●•٠·˙˙™
Um comentário:
Olá Paulo
Excelente post, com dados históricos relevantes e instigantes.
Bjs
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