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10 de agosto de 2010

Finalmente uma opinião sobre Brasil - Irã


Brasil - Irã


opinião de Paulo Franco

Eu fiquei calado sobre o tema até agora, sempre crente no papel importante de liderança
que o Brasil pode ter no cenário internacional.
Criticar a aproximação do governo brasileiro com o lider do Irã ,Ahmadinejad
sob uma ótica de pacificação, não caberia.
Julgar o expancionismo brasileiro no âmbito mundial, também não.
Impossível seria ignorar por mais tempo, que o país islâmico
viola deliberadamente os direitos humanos. Este nem é um assunto novo.

O presidente Lula, no dia de hoje (10/08/10) ratificou as sanções da ONU
contra o Irã, mesmo que isso seja antagônico depois de tanta aproximação.
No Irã, diariamente direitos humanos básicos são violados.
Mulheres, judeus e homossexuais são caçados, torturados e mortos
simplesmente pelo fato de existirem.

Ahmadinejad causa polêmica por declarações como
a que afirmou que "não existem gays no Irã".
Ele também nega o Holocausto e já falou em varrer o Estado de Israel do mapa.
O líder iraniano, que recentemente esteve no Brasil
parece não saber que sua existência depende simplesmente de pessoas reais.
Como brasileiro e gay, saber que homossexuais por lá são mortos,
espancados e tratados como animais deixa um aperto no coração e
a sensibilidade brota forte ainda mais por que hoje, eu estou casado com
meu companheiro Tiago e vivo o sonho de estar vivendo de fato minha opção.
Se queixamos melhores oportunidade aqui no Brasil, vale a pena refletir
como vivem nossos semelhantes naquela terra de leis
tão absurdas e implacáveis.
Vale a pena sim lutar por nossos direitos como cidadãos e quem sabe
da aproximação entre Brasil e Irã, uma brecha de lucidez surja na
cabeça dos dirigentes iranianos.
Parece difícil, mas quem sabe... 
 

Gays no Irã são levados à forca.

♦♦♦♦

Vale a pena ler o depoimento abaixo e refletir um pouco.

Depoimento do exílio:
Iraniano em Bruxelas

Bruxelas, 02 Março de 2010
pelo iraniano K.,

Venho do Irã, nasci em 1979 e vivi lá até 2006.
Cheguei na Bélgica em 2007.
Sou gay e durante dois anos eu experimentei problemas muito grandes de prisão no Irã, o meu país.
Na prisão fui espancado várias vezes
pelos homens da polícia secreta,
golpeado com uma faca no meu joelho
e meu baixo-ventre do lado direito,
tive punhos duas vezes no meu nariz.
Batiam-me por um dia inteiro, às vezes mais.
Durante dois anos eles chamavam a minha família
ou às vezes me chamavam pra sair de casa para me prender.
Então eles me questionavam, me batiam,
deixavam me sem dormir, cortavam os alimentos, durante três dias. No último mês de 2003 (não posso dizer exatamente
pois o calendário persa é diferente),
eu fui preso na rua por um carro.
Três policiais à paisana me chamaram de dentro.
Nós nos dirigimos para a cadeia.
Depois de duas ou três horas de espancamento
eles me deram injeções Ampod e um pouco de morfina.
Adormeci.
Duas horas depois eu acordei e levantei.
Pude perceber que eu tinha sangue e esperma
em minhas nádegas e escorrendo por minhas coxas.
Disseram-me para sair da cadeia
depois que eu fui forçado a me lavar no banheiro.
Durante dois anos e meio, até 2006,
eu tinha tido relações sexuais na cadeia
no Irã talvez de trinta a quarenta vezes.
Eu nunca disse a ninguém sobre isso,
porque estive com medo de meu irmão e minha família.

Muito obrigado.
K.

♦♦♦
Triste
♦♦♦

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